Breque dos apps: entenda por que os entregadores estão em paralisação nesta segunda (31)

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Mais uma paralisação de entregadores de aplicativos começou nesta segunda-feira (31). Os participantes do movimento, conhecido como “breque dos apps”, denunciam a precarização da categoria e reivindicam reajustes nos valores das taxas de entrega, além de limites nas distâncias percorridas por ciclistas.

A greve seguirá até a próxima terça-feira, 1° de abril. Liderado por entregadores de São Paulo, o protesto conta com o apoio de trabalhadores de todo o Brasil, incluindo as organizações Movimento VAT-SP e Minha Sampa.

Neste “breque dos apps”, os entregadores exigem um pagamento mínimo de R$ 10 por entrega e um aumento na remuneração por quilômetro rodado, de R$ 1,50 para R$ 2,50. Além disso, pedem que as entregas feitas de bicicleta sejam limitadas a até 3 km e que o pagamento seja integral para cada pedido, mesmo quando agrupados em uma mesma rota.

A paralisação conta com a adesão de trabalhadores de 59 cidades e deve ser acompanhada por manifestações em pelo menos 19 capitais, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Brasília.

Nicolas Souza Santos, membro da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea), afirma que esta “será a maior greve da história” e destaca a grande adesão ao movimento.

Como os apps se posicionam?

Para o TecMundo, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) ressaltou que “respeita o direito de manifestação e informa que suas empresas associadas mantêm canais de diálogo contínuo com entregadores”. A entidade representa empresas como 99, iFood e Uber.

“Sobre a remuneração dos profissionais, de acordo com o último levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), a renda média de um entregador do setor cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024, chegando a R$ 31,33 por hora trabalhada", pontuou a Amobitec.

“As empresas associadas da Amobitec apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades. Além disso, atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que buscam formas acessíveis para utilizar serviços de delivery”, completou a entidade.

Relembre outros breques

Os movimentos conhecidos como “breque dos apps” acontecem desde 2020, quando a categoria de entregadores de delivery realizou a primeira paralisação. Desde então, a adesão para cada greve variou significativamente.

No movimento de 2022, a paralisação interferiu nos serviços do iFood, uma das maiores empresas do setor.

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